O vice-prefeito Paulinho Abreu (Republicanos) informou que os próximos passos para possibilitar a liberação do trecho interditado da avenida Oscar Niemeyer, onde as obras foram suspensas pela empresa responsável devido ao período de chuvas. A interrupção tem provocado críticas de moradores e dificultado o acesso aos bairros Bougainville e adjacentes.
Segundo Paulinho, a liberação provisória do tráfego só será possível com a ocorrência de estiagem, condição necessária para permitir a raspagem da via, aplicação de cascalho e instalação de iluminação temporária, até que os trabalhos sejam retomados. Ele ainda destacou que há duas caixas de drenagem conectadas a redes antigas que precisam ser refeitas, mas somente quando houver condições adequadas. “Ou fechamos provisoriamente ou cercamos com madeira. Optamos por executar uma solução assim que tivermos o período de seca necessário”, explicou.
O vice-prefeito lembrou que se reuniu na semana passada com vereadores e com a empresa após as cobranças da população. Ficou definido que haverá uma força-tarefa entre a construtora e as secretarias de Obras e Trânsito para restabelecer a circulação no trecho, desde que o clima permita. “Hoje, a obra não oferece segurança para os transeuntes. Além disso, o termo de compromisso com o Grupo Sinop estabelece prazo de um ano, iniciado em julho. A empresa está dentro do cronograma”, ressaltou. A conclusão da pavimentação deverá ocorrer somente após o período chuvoso.
Paulinho explicou que, superada a fase mais crítica das chuvas, começam as etapas de base e sub-base de cascalhamento, seguidas do asfaltamento, que deve levar cerca de 60 dias. “A obra não se resume ao aterro da ponte. Há uma rede de drenagem que se estende até a rotatória da estrada Claudete, um sistema amplo que também integra o cronograma. Não havia previsão de conclusão antes do período chuvoso”, observou.
A prefeitura orientou que o trecho permaneça devidamente sinalizado enquanto estiver fechado, para evitar que motoristas se deparem com a interdição apenas ao chegar ao local. Caso surja uma janela de estiagem suficiente para abertura parcial e segura, a administração e a empresa devem atuar em conjunto. “Foi firmado um termo de compromisso e o prazo contratual é de um ano. Infelizmente, o período chuvoso caiu exatamente no meio. Antecipamos parte da obra para concluí-la no início do próximo ano”, completou.
Outro lado
Em nota, a Bravante e o Grupo Sinop afirmaram lamentar a interdição preventiva, explicando que o trecho está em área de declive e, durante as chuvas, há maior fluxo de água e instabilidade do solo, o que compromete a segurança de trabalhadores e usuários. As empresas apontam fatores técnicos para a manutenção do bloqueio: solo irregular devido às chuvas, pontos escorregadios, trechos ainda em obras, estruturas de drenagem em implantação e ausência temporária de iluminação pública. A medida visa, reforçam, proteger a vida dos usuários.
Ainda segundo as empresas, a obra foi iniciada em julho com prazo contratual de 12 meses e atualmente está 62% concluída, percentual considerado acima do previsto. O retorno das atividades está programado para 15 de janeiro.



